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Postado em 19/12/2018

Saiba mais sobre algumas doenças tratadas pelos endocrinologistas

Hoje falaremos sobre: Alterações menstruais, alterações de crescimento e distúrbios da puberdade.

Alterações Menstruais

Durante a fase reprodutiva, as mulheres apresentam uma perda cíclica de sangue vaginal que se denomina menstruação. A frequência média de cada menstruação é em torno de 28 dias, podendo variar de 21 a 35 dias. A duração média é quatro dias, variando de dois até sete dias. Nos primeiros dois anos após a primeira menstruação e no período da perimenopausa (a partir dos cinco anos que antecedem a última menstruação), os ciclos podem ficar irregulares.

Alterações na frequência, duração, volume do fluxo menstrual e até mesmo ausência da menstruação são sinais clínicos que demandam investigação. A presença de gravidez e uso de medicamentos hormonais devem sempre ser avaliados nos casos de alterações menstruais. Disfunções hormonais, desordens alimentares, exercício intenso, doenças infecciosas, malformações do trato genital, distúrbios hemorrágicos e doenças graves são potenciais causas de alterações menstruais. As causas hormonais são as mais frequentes, sendo a síndrome de ovários policísticos (SOP) a principal representante.

A SOP é caracterizada por alterações menstruais e aumento de hormônios tipicamente masculinos, como testosterona, que levam ao aumento de pelos corporais e acne na mulher, e o achado de ovários policísticos ao ultrassom. Importante salientar que o simples achado de ovários policísticos ao ultrassom não significa que a mulher seja portadora da síndrome. Para confirmar o diagnóstico da SOP, é fundamental uma avaliação hormonal detalhada, para excluir outras causas hormonais como disfunções da tireoide, aumento da prolactina e disfunções da suprarrenal.

Dra. Larissa Garcia Gomes

Endocrinologista da SBEM-SP


Alterações do crescimento

O que são

Desde o período intrauterino até ser atingida a altura final, existe um padrão de normalidade de ganho de comprimento ou estatura. Esse padrão é evidenciado pela velocidade de crescimento (ganho em centímetro por ano). Alteração do crescimento é quando esse ritmo de crescimento é alterado, para menos ou para mais. Uma criança ou adolescente com redução de crescimento poderá ter baixa estatura (abaixo do mínimo considerado normal para a idade). Eventualmente, o diagnóstico pode ser feito antes de se instalar a baixa estatura. Por outro lado, uma criança ou adolescente que cresça muito mais que o esperado para a idade poderá ter alta estatura.

Causas

As causas de crescimento deficiente são inúmeras, podendo ser de início pré-natal ou pós-natal. Um bebê pode nascer muito pequeno e não normalizar o crescimento nos primeiros anos. Desnutrição grave ou doenças sistêmicas importantes (renal, cardíaca, digestória) podem se manifestar com deficiência de crescimento. Síndromes ou doenças genéticas frequentemente causam problemas no crescimento. Deficiências dos hormônios da tireoide e/ou do hormônio do crescimento também causam crescimento deficiente. Essas alterações hormonais podem ser congênitas ou adquiridas ao longo da infância.

Sintomas

Diretamente podem não existir sintomas de crescimento deficiente. Ele geralmente é notado pelo pediatra durante as consultas de rotina da criança (puericultura) e/ou pelos pais, parentes ou professores que percebem que a criança está ficando progressivamente menor que amigos ou colegas da mesma idade. Outra situação comum é os pais perceberem que as roupas da criança não estão “ficando pequenas”, como é habitual. Eventualmente, a doença que causa o crescimento deficiente pode apresentar outros sintomas ou sinais clínicos.

Tratamento

O tratamento depende da causa. Muitas vezes resolvendo a causa, o crescimento normal retorna. Por exemplo, se a criança tem hipotireoidismo, o tratamento com hormônio tireoidiano normaliza o crescimento. Em algumas situações mais raras, no caso de deficiência de hormônio do crescimento ou de condições específicas, o tratamento com injeções de hormônio do crescimento está indicado e é eficaz. Na dúvida, os pais devem procurar o pediatra ou o endocrinologista para uma avaliação clínica.

Dr. Sonir R. Antonini

Endocrinologista da SBEM-SP

Distúrbios da puberdade

O que é

O período normal de puberdade pode variar entre oito e 14 anos, em média, nas meninas, e entre 10 e 15 nos meninos, com uma grande variação dentro de um mesmo grupo e de acordo com a etnia, mas com tendência a manter um padrão familiar genético.

A puberdade precoce

O aparecimento de mamas em meninas antes dos oito anos de idade e o desenvolvimento dos testículos antes dos nove anos e seis meses nos meninos deve ser avaliado cuidadosamente para esclarecer se a criança apresenta precocidade sexual.

Merecem atenção as crianças que iniciaram a puberdade na idade adequada, mas que apresentam um ritmo de desenvolvimento muito rápido. Existem também os quadros de puberdade precoce incompleta, quando a criança pode apresentar apenas o desenvolvimento mamário, ou somente a pilificação pubiana sem outras modificações físicas, ou seja, não há aceleração do crescimento, acne, aumento da massa muscular, menstruação

Causas da puberdade precoce

Denominamos puberdade precoce dependente de gonadotrofinas, também chamada de central ou verdadeira, os quadros em que existe envolvimento da hipófise ou do hipotálamo, que produzem LH e FSH (gonadotrofinas) que estimulam o ovário ou o testículo a se desenvolverem. Essa alteração pode não ter uma causa definida e ser chamada de idiopática, ou pode até mesmo ser causada por tumores.

A puberdade precoce é considerada não dependente de gonadotrofinas, periférica, ou também chamada de pseudo-puberdade quando o problema ocorre na glândula adrenal, ou por uma doença primária no ovário ou no testículo, sem, no entanto, haver a participação da hipófise. Doenças congênitas da glândula adrenal, por deficiências enzimáticas e tumores, têm como consequência a produção exacerbada de hormônios chamados androgênicos (testosterona) e esses quadros causam nas meninas aumento da pilificação, aumento do clitóris e da massa muscular, além de acne, criando um aspecto virilizado nelas. Nos meninos, além do aumento da massa muscular e aparecimento de acne, ocorre aumento do pênis não compatível com o desenvolvimento dos testículos.

Tratamento

O tratamento depende da causa. Na puberdade periférica, ele pode ser feito com medicamentos ou com cirurgia, especialmente nos casos de tumores. A puberdade precoce central, dependente de gonadotrofinas, é tratada com medicamentos.

Os análogos do GnRH são formas sintéticas de proteínas cerebrais que agem com uma potência dez vezes maior do que a dos hormônios naturais e, por isso, competem com esses, pelos receptores dentro das células, promovendo sua inibição quando administrado continuamente, bloqueando a evolução da puberdade.  

O medicamento é administrado por via muscular, preferencialmente. Após as primeiras doses, pode haver uma elevação temporária dos hormônios da hipófise e do ovário ou testículo. Após 4 semanas, ocorre uma supressão desses hormônios e todos os órgãos que dependem desses hormônios ficarão em repouso. O efeito cessa após a suspensão do tratamento.

A dose habitual é de 3,75 mg com ação prolongada em uma aplicação mensal, mas deve sempre ser estabelecida pelo médico de acordo com cada caso. Existem também apresentações de uso trimestral, 11,25 mg, atualmente a medicação mais indicada, devido ao menor número de injeções.

Em todos os casos de puberdade tratados espera-se uma regressão dos caracteres sexuais, mamas, desenvolvimento testicular, redução da pilificação (casos de puberdade periférica); diminuição da velocidade de crescimento, não progressão da idade óssea. Também é importante considerar o aspecto psicológico das crianças e sua melhor adaptação ao grupo da mesma idade com o resultado efetivo do tratamento. 

Dra. Angela Spinola

Endocrinologista da SBEM-SP

 

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